sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ainda há tempo....

Estamos próximos ao final de mais um ano de alegrias, derrotas, mas também de superações.
De medos e incertezas que insistem em nos tornar pequenos, mas que a vida nos mostra, o tempo todo a nossa força, mesmo quando não conseguimos percebê-la.
Da certeza de que estamos tentando fazer o melhor, mas que nem sempre somos vistos com olhar amoroso, nem sempre somos compreendidos quando precisamos ser mais duros e esperamos do outro aquilo que ele ainda não está preparado para compreender.

Muitas vezes recebemos agressões diárias, que só nos mostra a fragilidade daquele que não consegue enxergar seus medos....
que nas palavras amargas e ofensivas esconde a dificuldade em compreender a vida, a si mesmo e o outro.
.... que nos momentos em que a desvalorização e a humilhação nos leva ao desânimo, pudemos encontrar nos verdadeiros amigos, o olhar de apoio e a certeza de que não estamos sozinhos.
E isso nos impulsiona a continuar no caminho que escolhemos seguir, no lugar que escolhemos estar.
Muitas vezes ao fecharmos nossos olhos e nos colocarmos de joelhos diante de DEUS, nos perguntamos se iríamos conseguir, se teríamos coragem para enfrentar as dificuldades. E ali, criança pequena diante do PAI, ficamos a espera de uma resposta.
Queremos nos sentir amados e protegidos, como o feto no ventre materno que só espera a hora para nascer, envolto num abraço forte e acolhedor, apenas esperando....
E de repente nasce a resposta em nosso coração e a certeza de que tudo dará certo.
....." a dor é apenas dor e um dia irá passar..."
Mas a nossa presença na vida do outro deixa marcas, por isso temos a responsabilidade de fazer o melhor, de enfrentarmos os nossos medos e de encararmos os nossos erros como aprendizado para nossos acertos.


... Ainda há tempo antes do final do ano...

Tempo para refletir e para mudar....
Tempo de transformar o medo em coragem....
Tempo de olhar o outro de forma a estimular e não destruir....
Tempo de plantar sementes de amor, amizade, respeito, para que possamos colher flores, frutos e não apenas espinhos....

Ainda tempo de fazermos a diferença!



Roseli Elizete Falato
Psicóloga/Psicopedagoga

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Medos...quando o adulto vira escravo da mente"

É tanto medo que vai somando-se, às vezes num período tão curto de tempo, ou mesmo no decorrer da vida, que a sensação da pessoa é que nunca mais vai conseguir livrar-se disso!
O medo é adequado para defender-nos de situações de perigo.
Mas quando o medo começa a ser exagerado, a ficar fora do nosso controle, a tomar conta de nossa vida, a incapacitar-nos...epa! Está na hora de cuidar-se!

O que não é adequado

- Quando nos sentimos incapacitados a fazermos coisas ( sozinhos ou acompanhados) que antes faríamos com naturalidade
- Quando evitamos situações, e para isso damos várias desculpas ou manipulamos as pessoas
- Quando precisamos ter alguém do nosso lado para fazermos as coisas necessárias
- Quando nossa fantasia precipita situações, mas associando-as apenas a " coisas ruins que poderiam acontecer"
- Quando temos medo de sentir os nossos medos
- Quando fisicamente, frente a alguma situação, sentimos palpitações, a sensação de que vamos até morrer, falta de ar, dor no peito. E emocionalmente sentimos um certo desconforto conosco e com as pessoas, espontaneidade bloqueada, auto estima baixa, insegurança, ansiedade alta, angústia.

Enfrentar o medo nessas condições, parece não ser tão fácil assim!
Mas não existe outro caminho, você terá que enfrentá-lo, de forma agressiva, para sentir-se de novo capaz, para cuidar de sua vida de forma espontânea e com autonomia. Resgatar a sua auto confiança.

Algumas dicas:

- Comece a enfrentar situações que antes evitaria, comece pelas mais simples.
- Não " alimentar" pensamentos negativos sobre situações que irão acontecer. Para isso, você deverá brigar com a sua mente. A cada pensamento negativo, arrume rapidamente dois positivos.
_ Pare de dar desculpas a você mesmo e as outras pessoas. Pare de manipular situações.
- Assuma seu medo, fale sobre ele e desabafe seus sentimentos.
- A cada semana, escreva uma carta para o seu medo e anote a data. Após alguns dias, releia o que escreveu. Guarde as suas cartas para acompanhar o seu progresso.
- Caso necessários, procure tratamento psicológico, para adequar seus sentimentos.


Mariana Binda Anacleto Morais
Psicóloga Clínica